O termo, que já ultrapassou 3 milhões de views, não tem a ver com preguiça, mas com equilibrar vida pessoal e profissional pela saúde mental
Em RH digital
Publicado em 13/09/2023 15h00
13 minutos para leitura
A entrada da geração Z no mercado de trabalho tem provocado mudanças significativas na forma como pensamos sobre trabalho. Nos últimos anos, os termos "quiet quitting" (desistência silenciosa) e do "grumpy staying" (ficando mal-humorado) tornaram-se populares, indicando que muitos jovens desejam ser felizes em seus empregos, em vez de enfrentar o estresse e a pressão. Agora, um novo movimento está surgindo: o "lazy girl job", ou trabalho de garota preguiçosa, em tradução livre.
Esse movimento, que viralizou no TikTok graças à norte-americana Gabrielle Judge, incentiva as pessoas a procurarem trabalhos que sejam menos estressantes, remotos e bem remunerados. Para as lideranças e gestores, principalmente do RH, é uma boa estratégia de mercado entender as tendências e observar a necessidade de adaptar a cultura organizacional às demandas dessa nova geração.
Continue a leitura e explore mais profundamente o termo “lazy job”. Além disso, veja qual a sua relação com a saúde mental dos colaboradores. Outro tema abordado trata dos impactos positivos para as empresas que prezam por um ambiente corporativo que prioriza o bem-estar do time.
O termo “lazy job” pode ser traduzido como "emprego preguiçoso" em português. No entanto, esse termo não se refere à procrastinação, mas sim a uma quebra de expectativa em relação às exigências tradicionais do mercado de trabalho.
A jovem norte-americana Gabrielle Judge, de 26 anos, publicou em seu perfil do TikTok um vídeo de dois minutos e meio descrevendo como seria o "trabalho de garota preguiçosa": explicando uma rotina de um trabalho de baixo estresse e totalmente remoto, com pouca supervisão e um bom salário.
Ela criou a hashtag #lazygirlsjob, estimulando suas seguidoras a buscarem trabalhos menos estressantes, remotos e bem remunerados, e alcançou mais de 3 milhões de visualizações neste vídeo e mais de 150 mil seguidores, que acompanham sua rotina e dicas sobre este estilo de trabalho. Entre as suas principais características, podemos citar:
É válido destacar a sua diferença para o "quiet quitting" (desistência silenciosa), em que o profissional reduz a sua dedicação ao trabalho, fazendo somente o mínimo, procrastinando, em busca de ser demitido. Apesar do “lazy”, observamos que os jovens que se identificaram com este ponto de vista, buscam a quebra de expectativa em relação às pressões e competitividade que tradicionalmente acompanham o mercado de trabalho.
Acaba que o termo conversa muito bem com uma tendência que não é assim tão nova e vem da década de 70, o work-life balance. O termo trata de olhar justamente para as várias necessidades das pessoas. Dessa forma é possível existir uma harmonia entre ser responsável com as atividades profissionais, sem que isso impacte na vida pessoal/social.
O trabalho é apenas uma parte da vida e temos outras responsabilidades como buscar os filhos na escola, serem pais/mães, maridos/esposas, filhos(as), namorados(as), mercado, arrumar a casa, necessitam de um tempo de lazer com família e/ou amigos, etc.
Por exemplo, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens na semana. Isso se deve ao fato de sua dupla jornada de trabalho, entre emprego e atividades em seu próprio lar. Ao adotar esse estilo de vida que busca o equilíbrio, seria possível desafogar a carga horária da mulher, e também, uma solução para que homens também assumam responsabilidades da casa e dos filhos.
A geração Z traz consigo uma mentalidade diferente em relação ao trabalho, transformando o futuro do trabalho no RH e a gestão de pessoas. Esses jovens valorizam a flexibilidade, a liberdade criativa e um propósito no que fazem. O “lazy job” surge como uma forma de conciliar todas essas características, permitindo que esses profissionais encontrem satisfação no trabalho, sem comprometer seu bem-estar mental e emocional.
Levantamento da Reconnect Happiness at Work em parceria com a Feedz mostrou que, apesar do salário ser fator decisivo para escolha ou mudança de emprego, reconhecimento e flexibilidade ganharam mais importância para os profissionais.
De acordo com a pesquisa que ouviu 176 pessoas, 25% dos entrevistados disseram que a flexibilidade e qualidade de vida são essenciais. Outros 21,6% afirmaram que reconhecimento e valorização do trabalho feito é o mais importante. Já 15% dizem que trabalhar em uma empresa com os mesmos valores que os seus é o que faz a diferença.
Isso significa que as empresas que se adaptar têm maiores possibilidades de atrair e reter talentos dessa nova geração. Algumas das características que os jovens da geração Z esperam encontrar no ambiente de trabalho incluem:
A possibilidade de trabalhar em horários alternativos ou em regime de home office é uma das principais demandas dos jovens. Eles não querem se sentir presos a um horário fixo de trabalho e valorizam a autonomia para gerenciar suas próprias atividades.
A cultura organizacional também é um fator importante para a geração Z. Eles procuram empresas que valorizem a diversidade, a inclusão e que ofereçam um ambiente descontraído e colaborativo.
A geração Z cresceu em um ambiente altamente tecnológico e espera encontrar empresas que também valorizem a inovação e a tecnologia. Ferramentas digitais e soluções tecnológicas são vistas como essenciais para uma boa experiência de trabalho.
Por fim, os jovens da geração Z buscam trabalhos que ofereçam um propósito claro e que tenham um impacto positivo na sociedade. Eles valorizam empresas que se preocupam com questões sociais e ambientais e que se engajam em projetos de impacto social.
Em algumas entrevistas, a influenciadora defendeu que essa tendência é uma mentalidade e exige um autoconhecimento, que no caso da geração Z é mais nítido:
“A geração mais jovem está interessada em progredir através da aprendizagem de novas competências e da procura da melhor oferta de emprego. Isso vai contra o status quo tradicional. Há muitos sistemas de crenças que você precisa reconstruir para ingressar no estilo de vida profissional de um “lazy job”, influenciadora Gabrielle Judge, criadora do termo “lazy job”, em entrevista à revista Exame.
É visível que os termos "quiet quitting" e "lazy job" representam diferentes formas de resposta dos profissionais a anos desgastantes de trabalho, demandas intensas e competitividade, além de refletir a entrada da geração Z no mercado de trabalho. No entanto, como qualquer modelo de trabalho, é fundamental avaliar os prós e contras que essa tendência pode gerar.
Não se deve mudar a estrutura das lideranças apenas por se tratar de uma tendência. Na verdade, é preciso analisar cuidadosamente os aspectos que merecem ser adaptados. Assim, identificar os impactos que essa mudança pode trazer para o mercado, bem como os efeitos que pode ter na vida dos trabalhadores.
Portanto, é essencial que as empresas e lideranças estejam atentas às mudanças no mercado de trabalho e às necessidades dos profissionais. Assim, podem proporcionar um ambiente de trabalho saudável e produtivo para todos como o objetivo final.
Independente da geração e das funções, é uma premissa consolidada de que a saúde mental é um tema crucial que deve ser discutido e abordado por toda a sociedade. Embora deva ser uma preocupação contínua, o mês de setembro foi designado para ser o Setembro Amarelo, enfocando ainda mais a importância do tema.
As mudanças tecnológicas, rotinas de trabalho, a pandemia e pós-pandemia, pressões econômicas e sociais, conflitos, competitividade, possibilidade de desemprego. Dentre outros fatores intrínsecos às empresas, deve-se pensar em possibilidades que podem impactar negativamente a saúde mental dos colaboradores. Doenças mentais são silenciosas e podem prejudicar as relações profissionais, sociais e familiares, gerando prejuízos irreparáveis na vida dos indivíduos.
Seja como líderes empresariais ou gestores de talentos, é responsabilidade criar um ambiente organizacional saudável e seguro para os nossos colaboradores. Oferecer suporte e recursos para a saúde mental é fator essencial para promover o bem-estar dos colaboradores. Dessa forma, as empresas podem aumentar a produtividade e reduzir o absenteísmo e a rotatividade.
O Setembro Amarelo nos mostra o tamanho da importância de falar sobre doenças mentais como, por exemplo: depressão, o transtorno de pânico. Outros exemplos se relacionam com a neurose profissional, o alcoolismo crônico, a ansiedade, o estresse, a síndrome do esgotamento profissional (burnout) e o suicídio. Segundo dados da OMS, os transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de perdas de dias de trabalho no mundo.
Publicado em junho de 2022, o estudo mostrou que de um bilhão de pessoas que viviam com algum transtorno mental em 2019, 15 % dos adultos em idade ativa sofreram um transtorno mental. Em contrapartida, apenas 35% dos países relataram ter programas nacionais para promoção e prevenção da saúde mental relacionada ao trabalho.
As entidades estimam que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade. O prejuízo para a economia global é de quase um trilhão de dólares.
As empresas devem fornecer equipamentos de segurança, os EPIs, e estrutura física adequada. Além disso, é essencial construir um ambiente de trabalho que promova a qualidade de vida e reduza o estresse, preparado para abordar os riscos psicossociais.
Diversas situações no ambiente de trabalho podem influenciar o quadro depressivo, como estresse, cobrança exagerada, tarefas desconfortáveis, entre outros. É importante compreender que a depressão no trabalho é uma doença ocupacional e que seus funcionários podem apresentar sintomas ou desenvolver a doença. Independentemente da situação, é fundamental respeitá-los, desenvolver ações preventivas e estabelecer medidas corretivas para reduzir os impactos na saúde deles.
Investir em uma cultura de prevenção em torno da saúde mental no trabalho é essencial na gestão de pessoas. É preciso remodelar o ambiente de trabalho para acabar com o estigma e exclusão social. Dessa forma, a empresa garante que os colaboradores com condições de saúde mental se sintam protegidos e apoiados. Uma opção interessante é a área de Segurança e Saúde do Trabalho se comunicar com a área de Recursos Humanos para construir um plano que inclua assistência para colaboradores com depressão laboral.
As diretrizes globais da OMS sobre saúde mental no trabalho recomendam algumas ações para enfrentar os riscos para a saúde mental. Entre elas a redução de cargas de trabalho pesadas, a conscientização sobre comportamentos negativos e outros fatores que podem criar angústia no trabalho. Desse modo, é interessante que o planejamento de uma Gestão de Riscos Ocupacionais (GRO) deve considerar:
Para as empresas proporcionarem um ambiente de trabalho saudável, é essencial construir uma cultura organizacional que valorize a experiência do colaborador. E a tecnologia pode ser a ferramenta ideal para auxiliar neste cenário.
O SAP SuccessFactors é uma plataforma cloud de gestão de talentos capaz de entregar, tanto o core business quanto a gestão de pessoas em qualquer modalidade.
Esta é uma plataforma facilitadora que visa disseminar a proposta de valor da organização, além de trazer reconhecimento e desenvolvimento dos colaboradores, atraindo novos talentos e promovendo líderes qualificados. Algumas das maneiras pelas quais o SAP SuccessFactors pode contribuir para isso incluem:
Gerenciamento de desempenho: as empresas podem definir e gerenciar as metas e objetivos dos colaboradores, além de avaliar seu desempenho de forma justa e imparcial. Isso pode ajudar os colaboradores a se sentirem mais valorizados e a terem uma visão clara do que é esperado deles. Assim, a empresa pode reduzir o estresse e a ansiedade relacionados ao trabalho.
Desenvolvimento de carreira: pode auxiliar as empresas a criar planos de carreira personalizados para cada colaborador, levando em consideração suas habilidades, interesses e objetivos de longo prazo. Isso pode ajudar os colaboradores a sentir que estão progredindo em suas carreiras e a se sentirem mais engajados e motivados.
Feedback contínuo: permite que os gerentes forneçam feedback contínuo aos colaboradores, em vez de esperar até o final do ano para realizar uma avaliação formal. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade relacionada ao desempenho e a garantir que os colaboradores estejam sempre cientes de como estão se saindo.
Com a construção de uma cultura organizacional preocupada com a saúde mental e o uso de plataformas como o SAP SuccessFactors, as empresas podem se adaptar às necessidades da nova geração e garantir um futuro mais saudável e equilibrado para seus colaboradores.
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