Para o Country Managing Director da EPI-USE Brasil, as principais características são adaptação a mudanças constantes e compreensão de que a tecnologia faz parte do core business
Em RH digital
Publicado em 11/09/2023 16h20
13 minutos para leitura
Qual é o perfil de sucesso do CEO do futuro? Ser um CEO vai muito além de ter um alto cargo na hierarquia corporativa. Trata-se de uma grande responsabilidade que exige habilidades exemplares de liderança. Mas isso não é o suficiente. Esse profissional também precisa desenvolver várias outras competências, especialmente aquelas que mantêm a empresa atualizada e à frente do seu tempo.
Em outras palavras, um CEO não deve se preocupar apenas com o que está acontecendo no mundo hoje, mas também ter a sensibilidade de entender como as tendências atuais podem estar relacionadas com o que ainda está por vir.
O futuro do trabalho requer líderes capazes de se adaptar às mudanças constantes e de engajar-se em práticas ESG. É o que aponta Roberto Medeiros, Country Managing Director da EPI-USE Brasil. Neste texto, vamos explorar as previsões e a importância do desenvolvimento de habilidades necessárias para o CEO do futuro.
Ser um CEO bem-sucedido agora e no futuro requer mais do que habilidades de liderança e conhecimento do mercado atual. Para ser um líder eficaz, é necessário antecipar as mudanças do mercado, utilizando análises precisas das tendências e conhecimentos históricos.
De acordo com Roberto Medeiros, as características do estereótipo de CEO que temos como referências nos dias de hoje, que busca apenas resultados financeiros e atende apenas aos stakeholders internos, não são mais adequadas para o mercado atual e futuro.
“Características que costumavam ser comuns a CEOs de outras épocas, mas não fazem mais sentido para o mercado atual e futuro são aqueles não engajados em práticas ESG; que fazem planejamentos financeiros elaborados/longo prazo, não se preocupando com diversidade e que não entendem que não somos um CNPJ e sim um grande conjunto de CPFs.”, opina Medeiros.
Para se destacar como CEO no futuro, é necessário ter uma visão clara e abrangente do negócio, do mercado e principalmente do seu time e das pessoas que estão ao seu redor. É preciso ser capaz de tomar decisões estratégicas, orientando a empresa para o sucesso a longo prazo. O líder do futuro deve ser um agente de mudança, capaz de inovar, inspirar e liderar a empresa para se adaptar às mudanças do mercado. O seu sucesso dependerá de sua capacidade de liderar com propósito e visão, orientando a empresa para o sucesso no longo prazo.
Roberto Medeiros analisa que o CEO do futuro será um líder que compreende que a tecnologia faz parte do "core business" e não é apenas uma atividade de suporte. Ele estará engajado em práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) e terá uma visão empreendedora e em evolução constante. Além disso, será um líder ambidestro, capaz de conciliar as necessidades dos stakeholders internos e externos além de buscar o próximo passo da empresa como um todo.
“Uma liderança de sucesso é aquela adaptável às mudanças constantes, propensa a riscos, inovadora, que lidera pelo propósito, atenta aos sinais ao invés de tendências, engajada em práticas ESG e colocando nossos clientes no centro de nossa estratégia.”
Existem diversas habilidades que o ajudam a lidar com diferentes situações, sejam elas externas ou internas com seu time. Essas habilidades contribuem para torná-lo competente em sua função e capaz de enfrentar os desafios atuais e futuros.
No perfil do CEO do futuro, uma das principais competências é a inteligência emocional, relacionada diretamente com a capacidade de lidar com mudanças constantes e momentos de crises. Saber lidar com situações diversas é imprescindível para qualquer líder, que estará diante de inúmeros desafios no cotidiano. “Um pouco de caos não é de todo mau” diz Medeiros.
De acordo com dados da Spencer Stuart, em 2022, 7% dos CEOs abandonaram seus cargos devido a questões emocionais. A pressão foi apontada como a principal razão, especialmente associada às incertezas do mercado neste período de transição que vivemos.
Outra capacidade socioemocional importante, que tem relação com a inteligência emocional, é a empatia. Colocar-se no lugar dos outros, sejam clientes ou colaboradores, fará com que você tente se aproximar de um mindset diferente do seu e, consequentemente, propiciar um maior respeito de sua equipe. Além disso, a empatia é uma habilidade que contribui para a construção de relacionamentos saudáveis e duradouros, tanto no ambiente de trabalho quanto em outros contextos da vida pessoal. Não leve tanto ao pé da letra o famoso “não faça aos outros o que você não gostaria que fizesse com você”: você já parou para pensar que essa frase parte do pressuposto que todos pensam, buscam e almejam exatamente o que também busca? Então fique de olho nisso para não achar que está sendo benéfico para alguém enquanto muitas vezes acaba fazendo o oposto.
Esse tipo de competência também é fundamental para momentos de instabilidade. Em tempos de crise, um CEO enfrenta desafios diversos, como manter as equipes unidas e tomar decisões estratégicas para minimizar os impactos negativos. No entanto, é importante considerar questões sociais, entendendo que a gestão corporativa deve ser equilibrada com o impacto social das decisões.
Por exemplo, quando há uma crise econômica, é comum que as empresas precisem demitir funcionários para reduzir custos. Contudo, o CEO deve avaliar as consequências dessas ações para os colaboradores e para a imagem da empresa. É fundamental buscar alternativas, como requalificar profissionais e implementar medidas para superar a crise, evitando ao máximo afetar os colaboradores e a reputação do negócio. Os desligamentos devem ser realmente a última opção. Assim, é possível tomar decisões mais conscientes e responsáveis, mesmo em momentos de maior gravidade para a corporação.
A questão da diversidade, inclusão e equidade também é imprescindível ao perfil do CEO do futuro — afinal, os próprios consumidores de produtos e serviços estão atentos a isso. A valorização da diversidade é uma tendência social importante, e as empresas que não são plurais tendem a perder espaço no mercado.
Como exemplo disso, hoje a EPI-USE Brasil é composta por uma porcentagem de 40% de lideranças femininas. O objetivo é atingir a equidade nos próximos anos, um importante passo quando falamos de representação feminina no mercado da tecnologia.
Além disso, em 2022, a EPI-USE, firmou uma parceria com o Instituto PROA para incluir jovens brasileiros - de baixa renda e com poucas oportunidades - na área de tecnologia e no seu quadro de colaboradores. Dessa forma, a EPI-USE atualmente emprega 6 dos 8 jovens que participaram da iniciativa, de forma a transformar vidas por meio da educação e da empregabilidade, a fim de garantir um futuro melhor à eles.
Outro aspecto importante e que tem crescido o apelo entre os consumidores e o mercado financeiro é a implementação de estratégias ESG - ambientais, sociais e de governança . Elas são fundamentais para uma gestão empresarial sustentável e voltada para o futuro. Questões sociais e de sustentabilidade devem estar entre as principais prioridades de uma empresa que busca se destacar no mercado.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Institute for Business Value, os CEOs classificaram a sustentabilidade como uma das principais prioridades em 2022, com um aumento de 37% em relação ao ano anterior. Além disso, 82% dos líderes empresariais afirmam que os CEOs devem liderar ativamente a agenda ESG no Brasil, de acordo com um levantamento da Amcham.
Especialistas destacam que a sustentabilidade não deve ser vista como um projeto isolado, mas sim como algo fundamental para a identidade das empresas. Essa tendência deve permanecer e até crescer nas próximas décadas, influenciando novas estratégias e comportamentos no ambiente corporativo e além dele. Ao implementar medidas ESG, as empresas não apenas contribuem para um mundo mais sustentável, mas também aumentam sua reputação e competitividade no mercado.
O Grupo Elephant, holding da EPI-USE, tem como iniciativa a ERP (Elefantes, Rinocerontes e Pessoas em tradução), organização sem fins lucrativos. Tal iniciativa busca preservar e proteger elefantes e rinocerontes por meio de uma estratégia Human Centered Design (HCD) que se concentra na erradicação a longo prazo da pobreza. Todas as empresas do Grupo Elephant contribuem com 1% dos seus lucros para a preservação da organização e suas ações.
Além disso, as competências técnicas envolvendo tecnologia também devem ser desenvolvidas. Uma vez que faz parte do "core business" ao invés de uma atividade de suporte ao negócio.
Nos tempos atuais e nos próximos anos, a capacidade técnica indispensável para assumir a posição de CEO inclui diversas habilidades, como o entendimento da análise de Demonstração de Resultados (P&L - Profit & Loss), a formulação de estratégias de venda e de canais comerciais, além de conhecimentos em marketing, entre outros. É igualmente importante possuir uma visão inovadora, compreender a importância dos dados e ter habilidades em transformação digital, principalmente no uso e aplicação da inteligência artificial. Por fim, é crucial ter a capacidade de analisar diferentes cenários de negócios que podem afetar o seu negócio.
Solicitamos a análise de Roberto Medeiros em como o contexto de negócios em constante mudança influenciará o papel e as responsabilidades do CEO no futuro. O executivo foi enfático ao responder que a influência será direta.
“As constantes mudanças influenciam diretamente, pois como líder ele deve estar atento à evolução das tecnologias exponenciais, bem como a confluência delas e os impactos/oportunidades que elas trarão ao negócio. Nós precisamos criar hoje a empresa que concorrerá conosco no futuro. Se não fizermos isso, alguém fará.”.
Para se adaptar, investir no desenvolvimento de habilidades específicas é um diferencial para as empresas, principalmente em um contexto de negócios em constante mudança. Algumas razões pelas quais isso é importante são:
Como as responsabilidades do CEO podem mudar no futuro, é importante que as organizações invistam no desenvolvimento contínuo de habilidades de seus líderes. Isso pode incluir, por exemplo, a capacidade de liderar equipes remotas, de tomar decisões em um ambiente incerto e de lidar com mudanças constantes. “Acredito que um dos principais objetivos (e desafios) do líder de hoje é sua capacidade de formar novos líderes para que o substituam. Parece algo simples mas não tem ideia como esse mindset leva a sua organização em lugares impensáveis!” diz Roberto Medeiros.
Em um mundo onde as mudanças são constantes, as empresas precisam ser ágeis e adaptáveis. Isso significa que elas não podem simplesmente utilizar os mesmos processos, sistemas, métodos e métricas concebidos para um mundo onde essas características eram diferentes. Investir no desenvolvimento de habilidades específicas pode ajudar as empresas a se adaptarem mais rapidamente às mudanças e a se tornarem mais ágeis.
Habilidades como a capacidade de liderar equipes diversificadas, inovar e se comunicar com clareza, a empresa tende a se tornar mais eficiente. Isso porque os líderes conseguem motivar e engajar suas equipes, tomar decisões mais acertadas e se comunicar de forma clara e objetiva.
Empresas que investem no desenvolvimento de habilidades específicas tendem a se tornar mais competitivas. Isso porque elas estão se preparando para um futuro incerto e se adaptando às mudanças de forma mais rápida e eficiente. Além disso, os líderes estarão mais preparados para lidar com desafios e aproveitar oportunidades que surgirem.
Roberto Medeiros, após análise do mercado, comenta que os principais desafios enfrentados pelas organizações na formação de líderes para o futuro estão relacionados ao fato de que ainda estamos usando "mapas" desatualizados ou que não existem mais sobre a realidade do mercado para formar os líderes atuais.
“Em um mundo Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível (“Mundo BANI"), não podemos utilizar os mesmos processos/métodos/sistemas/métricas concebidos para um mundo onde essas características eram diferentes. Precisamos ser mais ágeis e adaptativos em nossos negócios. Nossos clientes, parceiros e equipe interna também pensam diferente atualmente.”, pontua.
Nesse sentido, a tecnologia é um pilar fundamental no processo de mudança e, plataforma de gestão de pessoas, como a SAP SuccessFactors, podem ser grandes aliadas na formação de líderes do futuro.
Roberto Medeiros defende que hoje não temos mais espaço para líderes focados só em uma área de expertise. Por meio do conceito do "lifelong learning", devemos trazer uma amplitude maior em nossas carreiras, ganhando conhecimentos de áreas complementares e fora da nossa expertise, ampliando nossa visão de mundo.
“Entendo que a tecnologia é um pilar fundamental neste processo de mudança, pois cada vez menos vemos empresas onde a tecnologia não está embebida aos processos de negócio. Desta forma, acredito fortemente que como líderes devemos utilizar as novas tecnologias como habilitadores de inovações e transformações em nossas companhias, trabalhando com experimentos, para que rapidamente possamos nos adaptar e continuar experimentando novas soluções para os nossos clientes”, analisa Roberto.
Nesse sentido, a tecnologia desempenha um papel fundamental, e o SAP SuccessFactors é uma plataforma de gestão de RH que pode auxiliar sua empresa no desenvolvimento de habilidades específicas das lideranças, promovendo a diversidade e a inclusão, além de garantir a sustentabilidade dos negócios.
A plataforma SAP SuccessFactors é uma ferramenta muito versátil que pode ajudar as empresas em diversas áreas. Abaixo, listamos algumas das principais vantagens de utilizá-la para a formação de líderes do futuro:
Desenvolvimento de habilidades específicas: com o módulo SAP SuccessFactors Aprendizagem- LMS é possível criar programas de treinamento personalizados para cada colaborador, com base em suas necessidades e objetivos individuais. Isso permite que cada pessoa desenvolva habilidades específicas que serão úteis em sua carreira futura, além de aumentar sua motivação e engajamento.
Promoção da diversidade e inclusão: a plataforma também pode ser utilizada para promover a diversidade e inclusão nas empresas. É possível criar programas de mentoria e coaching para grupos sub-representados, além de monitorar a diversidade nas contratações e promoções.
Sustentabilidade dos negócios: também é possível criar um plano de sucessão com o módulo SAP SuccessFactors - Sucessão e Desenvolvimento para as lideranças, garantindo que a empresa tenha um pipeline de talentos preparados para assumir novas posições. Isso garante a continuidade dos negócios e reduz os riscos associados à falta de lideranças preparadas.
A liderança é uma das chaves para uma empresa promissora. Com a plataforma para gestão de RH SAP SuccessFactors, é possível garantir a formação de líderes capazes de enfrentar os desafios do futuro. Converse com nossos especialistas e agende hoje mesmo uma demonstração para sua empresa.
E fique por dentro de todas as novidades da EPI-USE Brasil.
Legal!
Você assinou a nossa Newsletter!
A partir de agora você receberá nossas novidades diretamente no seu e-mail!
Para isso, é importante que você adicione o e-mail marketing@epiuse.com.br na lista de remetentes confiáveis,
para evitar que nossas mensagens fiquem presas na caixa de spam!
Um abraço,
Equipe EPI-USE Brasil
Opps!
Um erro ocorreu!
Sentimos muito por isso! Tente novamente mais tarde!
Um abraço,
Equipe EPI-USE Brasil